segunda-feira, 13 de abril de 2015

A MINHA CIDADE


 A MINHA CIDADE

 transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte 
alcantilado, insubmisso 
e o sol, quando chega, penetra-a 
delicadamente, carinhosamente, 
depois de vencido o nevoeiro...
Na minha cidade também há pregões,
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas 
e fado pelas vielas, pendurado com molas, 
como roupa a secar nos arames...
A minha cidade tem também tardes languescentes, 
coretos nas praças 
velhos jogando cartas em mesas de jardim 
e o revivalismo de viuvas e solteironas 
passeando de eléctrico...
É bem verdade que na minha cidade 
a luz, não é como a de Lisboa 
mas a luz da minha cidade 
é um frémito de amor do astro-rei 
a beijá-la na fronte, cada manhã!...

A beleza do Porto é óbvia. É uma cidade que, de certa forma, é excêntrica.



A ARTE EM AZULEJOS PORTUGUÊS

Eu digo sempre que o Porto é um museu a céu aberto.
Há que se andar sempre muito bem atento, porque a arte e a arquitetura passam pelas nossas vistas.
Algumas igrejas são verdadeiras telas de obras de arte, no que diz respeito às suas fachadas com pinturas sobre os azulejos.
Todas concebidas por artistas conceituados nesta arte que é tão tipicamente portuguesa e que tanto encanta os turistas.
Cada painel conta-nos uma história.




Ó beleza! Onde está tua verdade?

A beleza do Porto é óbvia. É uma cidade que, de certa forma, é excêntrica.

O Porto tem um carácter único: é uma cidade estabelecida, com arquitectos estabelecidos, com uma cultura estabelecida. Desse modo, não vai ser um único edifício que vai pôr a cidade no mapa, ela já está no mapa.