sábado, 4 de abril de 2015

HISTÓRIA DE QUEM AMA A CIDADE PORTUENSE

As ruas apertada, com cortinas nas portas, ruas essas que escondem segredos, que escondem 

volúpia, que escondem nas suas estreitas passagens histórias de quem não têm história, ruas 

de pessoas que não conhecem outra rua nem outra vida para além daquela rua, estreitas 

passagens entre o mundo real que lhe são negadas porque satisfazem desejos carnais, ruas 

que mostram a vida mas que sonegam a realidade. 

O cheiro a sardinhas nas noites de S. João, os martelos, os alhos-porros, a alegria de ver 

renascer uma cidade numa noite em que é percorrida a pé, onde lhe encontram lugares, onde 

se vive no limite de um amanhecer turbulento, onde há momentos que mudam vidas, onde 

nascem amores para sempre. 

Um café numa explanada perto do grande rio, um fim de tarde, histórias contadas a conta 

gotas, um prolongamento para a noite, a animação de quem quer viver, uma noite que ganha 

motivos de celebração, um hino à amizade, a euforia de quem quer ser simplesmente feliz.





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